CV Psicólogo: currículo de psicólogo (exemplo) 2025
Vê como fazer um currículo de psicólogo ajustado a clínicas, hospitais e escolas em Portugal. Inclui estrutura ATS, exemplo de currículo, competências e métricas para valorizar a tua experiência profissional.
Pontos-chave
Em Portugal, a procura por serviços de saúde mental cresceu de forma consistente nos últimos anos, e muitas clínicas reforçaram equipas para reduzir tempos de espera. Na prática, o teu currículo é a tua primeira triagem: em processos com 60–120 candidaturas, o recrutador costuma dedicar 20–40 segundos à leitura inicial.
Um bom CV de Psicólogo deve demonstrar:
- impacto clínico e qualidade do trabalho psicológico com indicadores (casos/semana, adesão, satisfação)
- rigor em avaliação psicológica e redação de relatórios
- alinhamento com contexto (clínicas, hospital, escola, organizacional) e com a OPP
A seguir, tens um guia passo a passo para fazer um currículo de psicólogo com estrutura clara, palavras‑chave ATS e exemplos prontos a adaptar.
Exemplos de CV - CV Psicólogo
Descubra nossos modelos de CV adaptados a todos os níveis de experiência. Cada exemplo é otimizado para sistemas ATS.
CV Psicólogo Iniciante
Para recém‑licenciados e perfis júnior: destaca estágio, relatórios de avaliação psicológica, supervisão clínica e ferramentas (SPSS, Q‑global), com resultados quantificados e palavras‑chave ATS.
Utiliser
CV Psicólogo Confirmado
Para 3–7 anos: evidencia carteira de casos, planos de tratamento, trabalho com equipas multidisciplinares em clínicas e indicadores (assiduidade, tempos de resposta, NPS), mantendo um currículo claro e objetivo.
Utiliser
CV Psicólogo Sênior
Para perfis sénior: reforça coordenação clínica, supervisão, protocolos baseados em evidências, auditorias e qualidade, parcerias com clínicas e hospitais, e impacto mensurável em resultados e eficiência.
UtiliserChecklist do CV perfeito - CV Psicólogo
Marque cada item para garantir que seu CV esteja completo e otimizado.
Perfil profissional - CV Psicólogo
O perfil profissional é a primeira coisa que o recrutador vê. Deve resumir seu perfil em poucas linhas impactantes.
“Psicólogo clínico com 6 anos de experiência em clínicas e hospital de dia, focado em ansiedade e depressão. Gere 22–26 consultas/semana, com 84% de adesão ao plano e redução de faltas em 18%. Domínio de WAIS‑IV, BDI‑II e SClínico; relatórios em 48h e articulação com 7 profissionais.”
“Sou um psicólogo motivado, dinâmico e apaixonado, disponível para ajudar em tudo e aprender muito numa equipa exigente.”
Por que é eficaz?
O bom exemplo é eficaz porque ele:
- abre com função e escopo (“psicólogo clínico”, contextos e problemáticas) em vez de adjetivos vagos
- inclui métricas operacionais (22–26 consultas/semana, 84% de adesão, -18% faltas) que um empregador consegue validar
- cita ferramentas e instrumentos reais (WAIS‑IV, BDI‑II, SClínico), facilitando a leitura por ATS e por supervisores clínicos
- mostra colaboração (“articulação com 7 profissionais”), relevante em clínicas e equipas multidisciplinares
O mau exemplo falha porque ele:
- usa clichês (“motivado”, “dinâmico”, “apaixonado”) sem evidência
- não indica área, população‑alvo nem contexto (clínicas, hospital, escola)
- não prova resultados nem volume de trabalho
- não traz palavras‑chave técnicas (avaliação psicológica, psicoterapia, planos de tratamento)
Exemplos de experiência profissional
Aqui estão exemplos de experiências profissionais. Observe como os resultados são quantificados.
Psicólogo Clínico
Clínica de Saúde Mental Atlântico, Lisboa
Atendimento ambulatório em equipa de 9 profissionais (psicologia, psiquiatria, terapia ocupacional). Carteira média de 45 clientes ativos, triagem, avaliação psicológica, psicoterapia e articulação com clínicas parceiras e médico de família.
Conquistas principais
Competências-chave para o seu CV
Aqui estão as habilidades técnicas e comportamentais mais procuradas pelos recrutadores.
Competências técnicas (hard skills)
Habilidades técnicas
- Avaliação psicológica e elaboração de relatórios clínicos
- Entrevista clínica estruturada e formulação de caso
- SPSS Statistics
- SClínico (SNS)
- Psicometria: WAIS-IV, WISC-V, MMPI-2
- Instrumentos: BDI-II, STAI, PCL-5, PHQ-9
- Intervenção com protocolos baseados em evidências (TCC, ACT)
- Gestão de risco e planos de segurança (ideação suicida)
Competências comportamentais (soft skills)
Habilidades comportamentais
- Escuta ativa e validação clínica
- Aliança terapêutica e comunicação clara
- Tomada de decisão ética e confidencialidade
- Gestão de conflitos com famílias e equipas
- Pensamento crítico e raciocínio clínico
- Escrita técnica objetiva (relatórios e pareceres)
- Gestão de tempo em agenda de consultas
- Sensibilidade cultural e linguagem inclusiva
Palavras-chave ATS para incluir
Os sistemas ATS filtram CVs com base em palavras-chave específicas. Inclua estes termos para maximizar suas chances.
Dica ATS
Clique em uma palavra-chave para copiá-la. Os sistemas ATS filtram CVs com base nesses termos exatos.
Mots-clés importants
Setores que contratam
Descubra os setores mais promissores para sua carreira.
Clínicas privadas de psicologia
Hospitais (SNS e privados)
Centros de saúde e cuidados continuados
Serviços de psicologia escolar e educação
Recursos Humanos e psicologia do trabalho
IPSS, ONGs e projetos comunitários
Formação e diplomas
Para trabalhar como psicólogo em Portugal, o percurso mais comum combina Licenciatura + Mestrado em Psicologia e, depois, inscrição na OPP. Em perfis clínicos, a formação complementar em psicoterapia e avaliação psicológica pesa bastante, sobretudo para clínicas que exigem autonomia e capacidade de redação.
Também existem vias focadas em psicologia do trabalho/organizacional, escolar/educação, comunitária e forense. Se estás no início, compensa mostrar prática: estágio curricular, supervisão, número de horas, instrumentos aplicados e casos acompanhados (sem dados identificativos).
Diplomas recomendados
- Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde
- Licenciatura em Psicologia
- Mestrado em Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações
- Pós‑graduação em Neuropsicologia Clínica
- Pós‑graduação em Terapias Cognitivo‑Comportamentais
- Pós‑graduação em Psicologia da Educação e Intervenção Escolar
Idiomas
Em muitas clínicas e hospitais privados, o atendimento a pessoas expatriadas e estudantes internacionais é frequente; por isso, línguas podem ser um diferencial real no teu currículo. Também ajudam na leitura de guidelines e pesquisa (artigos, protocolos e revisões sistemáticas), sobretudo em psicologia clínica.
- consultas em inglês (ex.: clientes de mobilidade internacional)
- leitura de literatura científica e escalas validadas
- articulação com equipas multiculturais em contextos urbanos
Indica o nível CECRL e, se possível, uma prova objetiva (certificação ou uso profissional regular).
Português
C2 (nativo)
Inglês
C1 (IELTS Academic 7.5)
Espanhol
B2
Certificações recomendadas
Em psicologia, certificações não substituem a formação académica nem a inscrição na OPP, mas ajudam a provar competência em métodos e instrumentos específicos. Para clínicas, são particularmente valorizadas formações com avaliação, supervisão e carga horária clara.
Prioriza o que é verificável e relevante para a tua prática.
Erros a evitar
Não provar impacto (ficar só em tarefas)
Quando descreves apenas “realizei consultas” ou “fiz avaliações”, o recrutador não consegue perceber escala, qualidade e autonomia. Em clínicas, isto pode significar que o teu perfil não passa a triagem, mesmo com boa formação acadêmica.
Toujours inclure :
- volume (ex.: 18–24 consultas/semana; nº de avaliações/mês)
- indicadores (ex.: taxa de adesão, tempos de resposta, satisfação)
- instrumentos e protocolos (ex.: BDI‑II, STAI, WAIS‑IV; TCC/ACT)
Fórmula prática: Ação + Escala + Ferramenta + Resultado (com número).
Usar linguagem genérica e pouco clínica
Expressões vagas (“ajudei pessoas”, “trabalhei com saúde”) não mostram o teu trabalho psicológico nem diferenciam áreas. O problema agrava-se quando concorres a vagas em clínicas com foco em psicologia clínica, onde esperam termos como avaliação psicológica, formulação de caso, psicoterapia e gestão de risco.
À evitar : "Ajudei vários pacientes e fiz acompanhamento completo."
À privilegiar : "Acompanhei 20–25 clientes/semana (ansiedade e depressão), com monitorização PHQ‑9/GAD‑7 e revisão de plano a cada 6 sessões."
Assim, o empregador entende o teu método e o teu nível de autonomia.
Ocultar o enquadramento legal e ético
Em Portugal, omitir OPP, supervisão e limites de atuação levanta dúvidas imediatas, sobretudo em psicoterapia e em contextos sensíveis (menores, perícias, saúde ocupacional).
À mentionner :
- inscrição na OPP (nº e estado: ativo)
- prática supervisionada (horas, modelo, periodicidade)
- notas sobre confidencialidade, consentimento e registo clínico (sem dados de clientes)
Design que dificulta ATS e leitura humana
Um modelo de currículo visualmente bonito pode falhar em ATS se tiver colunas, caixas de texto ou ícones em excesso. Em recrutamento de saúde, também há leitura rápida por coordenação clínica.
Checklist :
- PDF simples, uma coluna, títulos claros e consistentes
- datas em cronológica inversa e bullets com métricas
- nomes de instrumentos e softwares escritos por extenso (ex.: “SClínico”, “SPSS Statistics”)
Dicas de especialistas
- 1
Escolhe uma especialização explícita : Define logo no topo se és psicólogo clínico, escolar ou organizacional; ajuda o recrutador a encaixar o teu perfil e melhora a correspondência ATS.
- 2
Quantifica a tua prática : Indica consultas/semana, avaliações/mês e tempos de resposta (ex.: relatórios em 48h). Números simples aumentam a credibilidade em clínicas.
- 3
Mostra instrumentos e metodologia : Lista 6–10 instrumentos relevantes (WAIS‑IV, WISC‑V, BDI‑II, STAI) e o tipo de relatório/parecer que produzes.
- 4
Adapta ao anúncio do empregador : Copia termos do anúncio (ex.: psicoterapia, avaliação psicológica, saúde mental) e encaixa-os nas tuas bullets, sem inventar experiência.
- 5
Inclui uma secção de investigação/pesquisa se aplicável : 1–2 linhas com métodos (revisão sistemática, estatística, SPSS/R) e outputs (poster, artigo) já diferenciam.
- 6
Foto: usa apenas se for profissional : Em Portugal é comum; se incluíres, escolhe fundo neutro e boa luz. Se não adicionares, compensa com um cabeçalho impecável.
- 7
Anexa carta de apresentação curta : 180–220 palavras, com um caso de melhoria quantificada e uma frase sobre fit com a clínica/unidade; é aqui que ligas trajetória e demandas.
Perguntas frequentes
Encontre respostas para as perguntas mais frequentes.
Varia por região, setor e senioridade. Em início de carreira, muitos contratos ficam entre 1.100€ e 1.400€ brutos/mês; em contexto hospitalar/privado pode chegar a 1.600€–2.200€. Em clínicas com regime por ato, 35€–60€ por sessão é comum, dependendo da procura, horário e especialização.
Na maioria dos casos, não. Para exercer como psicólogo e usar o título profissional, é necessário cumprir o percurso académico e obter inscrição na OPP. A Licenciatura por si só pode abrir portas a funções de apoio, investigação ou RH, mas não substitui os requisitos para prática clínica e atos próprios de psicologia.
A psicoterapia é tipicamente realizada por profissionais com formação superior na área e formação específica em psicoterapia, respeitando enquadramento ético e deontológico. Para psicólogos, a inscrição na OPP é um elemento central, e as clínicas valorizam supervisão e formação estruturada (carga horária, avaliação e prática supervisionada).
Em regra, a Licenciatura dura 3 anos (180 ECTS) e o Mestrado mais 2 anos (120 ECTS). A isto pode somar-se prática supervisionada e formações complementares. Se estiveres a planear o teu percurso, indica no currículo datas, média (se for competitiva) e foco (clínica, educação, organizações).
Em Portugal é frequente, mas não é obrigatório. Se a foto não for claramente profissional, é melhor não incluir. Em alternativa, melhora o cabeçalho (nome completo, contactos, LinkedIn) e usa um modelo de currículo limpo. O conteúdo clínico e as métricas têm mais peso do que a imagem.
Foca o estágio, horas de prática e supervisão, instrumentos usados e produção escrita (relatórios, notas clínicas, projetos). Inclui 2–3 bullets com resultados mensuráveis, mesmo que académicos (ex.: 40 entrevistas conduzidas, 12 relatórios entregues, 1 poster). Compensa a pouca experiência profissional com especificidade e evidência.
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