Informática & Tecnologia

CV Programador web: guia completo 2025 (ATS + exemplos)

Aprende a estruturar o teu Curriculum Vitae de Programador web para passar filtros ATS e convencer gestores técnicos. Inclui exemplos de resumo, competências, métricas e secções obrigatórias para perfis júnior, pleno e sénior.

12 min de leituraAtualizado em 12 de dezembro de 2025

Pontos-chave

O recrutamento de programadores web em Portugal continua competitivo, com empresas a comparar perfis por evidências objetivas: stack dominada, qualidade de código e impacto em produção. Em processos com ATS, o teu Curriculum Vitae pode ser filtrado por palavras‑chave (frameworks, cloud, testes), e depois avaliado por um tech lead em poucos minutos.

Para te destacares, não basta listar tecnologias: tens de provar o que entregaste, em que contexto e com que resultados (latência, conversão, bugs, custos). Também conta mostrar maturidade de engenharia: testes automatizados, CI/CD, observabilidade e práticas de segurança.

Um bom CV de CV Programador web deve demonstrar :

  • Capacidade de entregar features em produção com métricas
  • Domínio de uma stack coerente (front, back e dados) e ferramentas reais
  • Qualidade e colaboração (code review, documentação, alinhamento com produto)

A seguir tens um guia prático para escrever, adaptar e validar o teu CV para 2025.

Exemplos de CV - CV Programador web

Descubra nossos modelos de CV adaptados a todos os níveis de experiência. Cada exemplo é otimizado para sistemas ATS.

CV Programador web Iniciante

Modelo para primeiro emprego ou estágio: stack base, projetos de portefólio, GitHub, formação e impacto mensurável (performance, testes, entregas). Estrutura otimizada para ATS e recrutamento técnico.

Utiliser

CV Programador web Confirmado

Para 3-7 anos: foco em entregas em produção, ownership de features, qualidade (testes, code review), observabilidade e resultados (latência, conversão, incidentes). Palavras‑chave ATS por stack.

Utiliser

CV Programador web Sênior

Para responsabilidades técnicas: liderança de decisões, arquitetura, escalabilidade, segurança e mentoria. Inclui métricas de impacto (SLO, custos cloud, throughput) e colaboração com produto e stakeholders.

Utiliser

Checklist do CV perfeito - CV Programador web

Marque cada item para garantir que seu CV esteja completo e otimizado.

Seu progresso0%

Perfil profissional - CV Programador web

O perfil profissional é a primeira coisa que o recrutador vê. Deve resumir seu perfil em poucas linhas impactantes.

Bom exemplo

Programador web full‑stack com 5 anos em SaaS B2B, entregando funcionalidades em React/TypeScript e Node.js. Reduzi o tempo de carregamento em 32% e a taxa de erros 500 em 41% com caching e observabilidade. Experiência com PostgreSQL, Docker, GitHub Actions e testes (Jest, Cypress).

Mau exemplo

Sou um profissional motivado e dinâmico, apaixonado por tecnologia e disponível para novos desafios como programador web.

Por que é eficaz?

Le bon exemplo est efficace car il :

  • Mostra senioridade e foco (5 anos, SaaS B2B) em vez de intenções vagas
  • Nomeia uma stack concreta (React/TypeScript, Node.js, PostgreSQL) que o ATS consegue indexar
  • Prova impacto com métricas (‑32% carregamento, ‑41% erros 500) e explica o “como” (caching, observabilidade)
  • Inclui ferramentas de entrega e qualidade (Docker, GitHub Actions, Jest, Cypress) relevantes para produção

Le mauvais exemple échoue car il :

  • Usa clichés sem evidência (“motivado”, “dinâmico”, “apaixonado”)
  • Não indica stack, contexto, produto ou tipo de empresa
  • Não apresenta resultados mensuráveis nem responsabilidades
  • Não ajuda o recrutador a mapear requisitos técnicos do anúncio

Exemplos de experiência profissional

Aqui estão exemplos de experiências profissionais. Observe como os resultados são quantificados.

Programador Web Full‑Stack

Critical TechWorks, Porto

mar 2022 – nov 2025

Integração numa equipa de 7 (3 front, 2 back, QA e PO) num produto web B2B com ~120 mil utilizadores/mês. Responsável por features end‑to‑end, performance, integrações via REST e melhoria de qualidade com testes e CI/CD.

Conquistas principais

Reduzi o Largest Contentful Paint de 3,1s para 2,0s (‑35%) com otimização de bundles, lazy loading e caching.
Diminuí incidentes P1 de 9 para 4 por trimestre (‑56%) ao introduzir métricas, alertas e dashboards (Prometheus/Grafana).
Aumentei a taxa de conversão do onboarding em 6,8% com A/B testing e melhorias na UX em colaboração com design.
Cortei o tempo médio de entrega de 10 para 6 dias ao padronizar pipelines CI/CD e templates de pull request.

Competências-chave para o seu CV

Aqui estão as habilidades técnicas e comportamentais mais procuradas pelos recrutadores.

Competências técnicas

Habilidades técnicas

  • Desenvolvimento front-end (HTML5, CSS3, JavaScript/TypeScript)
  • Frameworks front-end (React, Next.js)
  • Git e workflows (GitFlow, pull requests)
  • CI/CD (GitHub Actions, GitLab CI)
  • Back-end com Node.js (Express/NestJS)
  • APIs REST e autenticação (JWT, OAuth 2.0)
  • Bases de dados (PostgreSQL, Redis)
  • Contenerização e deploy (Docker, Nginx)

Competências comportamentais

Habilidades comportamentais

  • Comunicação escrita para documentação técnica
  • Priorização e estimativas com base em impacto e risco
  • Colaboração em code review com feedback acionável
  • Gestão de incidentes e follow‑up (post‑mortems)
  • Pensamento analítico para debugging e performance
  • Negociação de trade‑offs (prazo vs qualidade vs escopo)
  • Autonomia com alinhamento regular a produto
  • Mentoria a perfis júnior (pair programming, guidelines)

Palavras-chave ATS para incluir

Os sistemas ATS filtram CVs com base em palavras-chave específicas. Inclua estes termos para maximizar suas chances.

Dica ATS

Clique em uma palavra-chave para copiá-la. Os sistemas ATS filtram CVs com base nesses termos exatos.

Mots-clés importants

Setores que contratam

Descubra os setores mais promissores para sua carreira.

1

Consultoria e serviços de TI

2

Fintech e pagamentos

3

E-commerce e retalho digital

4

SaaS B2B (produtos cloud)

5

Telecomunicações e media

6

Saúde digital e seguros

Formação e diplomas

Para Programador web, as empresas valorizam fundamentos (algoritmos, estruturas de dados, redes, bases de dados) e evidências práticas (projetos em produção, portefólio, contribuição em repositórios). Em Portugal, há vias académicas (Licenciatura/Mestrado) e vias curtas (CTeSP, bootcamps) que funcionam bem quando acompanhadas de projetos reais e estágio.

Se tens menos experiência, dá mais peso a projetos: descreve o problema, a stack, testes, deploy e métricas (tempo de resposta, Lighthouse, cobertura). Se já tens entregas em produção, a experiência e resultados devem vir antes do detalhe académico.

Diplomas recomendados

  • Licenciatura em Engenharia Informática
  • Mestrado em Engenharia Informática
  • Licenciatura em Engenharia de Computadores e Telemática
  • CTeSP em Desenvolvimento Web e Multimédia
  • Bootcamp de Desenvolvimento Web (ex.: Ironhack, Le Wagon)
  • Curso Profissional de Programador de Informática (nível secundário)

Idiomas

Em desenvolvimento web, línguas são uma vantagem direta porque documentação, issues e bibliotecas estão maioritariamente em inglês. Além disso, muitas equipas em Portugal trabalham com stakeholders internacionais e reuniões em inglês. Se concorres a empresas remotas ou a produto global, o nível linguístico pode decidir entre perfis tecnicamente semelhantes.

  • Trabalho com tickets e documentação em inglês (Jira, Confluence, GitHub)
  • Code review e pair programming com equipa internacional
  • Suporte a incidentes com fornecedores e cloud providers

Apresenta o nível e, quando possível, uma prova (IELTS/TOEFL) ou evidência prática (projetos, experiência internacional).

🇵🇹

Português

Nativo

🇬🇧

Inglês

Fluente (IELTS 7.5)

🌐

Espanhol

Intermédio

Certificações recomendadas

Certificações não são obrigatórias para Programador web, mas ajudam a reduzir incerteza em processos competitivos, sobretudo em cloud, segurança e métodos de trabalho. Escolhe certificações alinhadas com a stack do anúncio e com o tipo de produto (SaaS, e-commerce, fintech). Para perfis júnior, uma certificação pode compensar pouca experiência se vier acompanhada de projetos publicados.

AWS Certified Developer – Associate
Microsoft Certified: Azure Developer Associate (AZ-204)
Google Cloud Certified – Professional Cloud Developer
Professional Scrum Master I (PSM I) – Scrum.org
ISTQB Certified Tester Foundation Level (CTFL)
MongoDB Associate Developer Certification

Erros a evitar

Listar tecnologias sem contexto nem nível

Um erro comum é colocar uma lista longa de ferramentas (20+ itens) sem indicar onde e como as usaste. Para recrutadores técnicos, “React, Node, Docker” não significa nada sem contexto: produto, escala, tipo de entregas e responsabilidade. Para ATS, listas exageradas também podem criar desalinhamento quando o anúncio pede profundidade numa stack específica.

O problema é a falta de prova: a mesma tecnologia pode ter sido usada num tutorial ou em produção com monitorização e testes. A diferença muda a avaliação.

Toujours inclure :

  • A stack principal (2-4 tecnologias) e o teu foco (front/back/full‑stack)
  • 1-2 exemplos de features entregues em produção
  • 1 métrica de impacto (performance, bugs, conversão, custos)

Regra prática: “tecnologia + ação + resultado” em cada bullet.

Ignorar resultados mensuráveis nas experiências

Descrever tarefas (“desenvolvi páginas”, “criei APIs”) não mostra valor para o negócio nem para a equipa. Um tech lead quer perceber se melhoraste performance, reduziste falhas, aumentaste conversão ou simplificaste manutenção. Mesmo em projetos internos, há métricas possíveis: tempo de build, cobertura de testes, tempo de resposta, incidentes, lead time.

À éviter : "Responsável por desenvolver funcionalidades em React e Node.js."

À privilégier : "Implementei 6 fluxos de checkout em React/TypeScript, reduzindo abandono em 4,2% após otimização de validações e erros."

A segunda versão permite comparar impacto e complexidade.

Não mostrar qualidade de engenharia (testes, CI/CD, segurança)

Muitos CVs falam de features, mas não mostram como garantem qualidade. Em web, isso inclui testes unitários e end‑to‑end, pipelines CI/CD, revisão de código, gestão de dependências e práticas básicas de segurança (OWASP, validação, autenticação, headers). Sem isto, o teu perfil parece limitado a “codar” e não a manter software em produção.

À mentionner :

  • Testes (Jest, Vitest, Cypress, Playwright) e um indicador (ex.: 70% cobertura em módulos críticos)
  • CI/CD (GitHub Actions/GitLab CI) e automações (lint, build, deploy)
  • Segurança (OAuth 2.0, gestão de secrets, dependabot, SAST quando aplicável)

Formato que falha ATS e leitura humana

Um layout bonito pode ser um problema se usar colunas, tabelas, ícones como texto ou gráficos de competências. Em ATS, isso pode destruir a ordem das secções e ocultar palavras‑chave; para humanos, dificulta encontrar stack, datas e impactos em 30 segundos.

Checklist :

  • Exporta em PDF com texto selecionável e headings claros (Experiência, Competências, Formação)
  • Usa datas consistentes (ex.: mar 2022 – nov 2025) e a mesma língua em todo o documento
  • Evita caixas de texto, barras de progresso e duas colunas com muita informação técnica

Dicas de especialistas

  • 1

    Faz o teu CV “espelhado” ao anúncio : usa a mesma nomenclatura (React, Next.js, Node.js) e repete palavras‑chave nas experiências, desde que sejam verdadeiras e suportadas por exemplos.

  • 2

    Inclui links verificáveis : adiciona GitHub, portefólio e LinkedIn no cabeçalho; em projetos, aponta para repositório, demo e README com decisões técnicas e instruções de execução.

  • 3

    Prioriza 2-3 projetos fortes : melhor do que 8 projetos pequenos. Para cada um, descreve objetivo, stack, testes, deploy e um número (Lighthouse, utilizadores, tempo de resposta, bugs).

  • 4

    Mostra impacto em performance : refere Core Web Vitals (LCP, CLS, INP) e como mediste (Lighthouse, WebPageTest, RUM). Métricas reais ajudam mais do que adjetivos.

  • 5

    Detalha o teu papel na equipa : indica se fizeste arquitetura, code review, mentoria, contacto com produto, e quantas pessoas na equipa. Contexto evita interpretações erradas.

  • 6

    Explicita ambiente de produção : cloud (AWS/Azure/GCP), CI/CD, monitorização e logs. Mesmo que simples, mostra que sabes operar e manter aplicações.

  • 7

    Adapta a secção de competências por vaga : mantém a stack principal fixa e ajusta 6-10 keywords específicas por anúncio (ex.: GraphQL, NestJS, Kubernetes), sem inventar experiência.

Perguntas frequentes

Encontre respostas para as perguntas mais frequentes.

Para a maioria dos casos, 1 página chega até ~7 anos de experiência, se escreveres bullets focados em impacto. Para perfis sénior com vários produtos e liderança técnica, 2 páginas são aceitáveis. Evita “encher”: escolhe 3-5 experiências/projetos com métricas e stack relevante para a vaga.

Sim, sobretudo em web. Coloca links no cabeçalho e referencia 2-3 repositórios com qualidade: README completo, testes, CI e deploy. Se o código for privado, mostra um case study no portefólio (arquitetura, decisões, screenshots, métricas) e descreve claramente o teu contributo.

Usa secções padrão (Experiência, Competências, Formação), texto simples e palavras‑chave do anúncio (frameworks, cloud, testes). Evita duas colunas, gráficos e ícones como texto. Repete a stack nas bullets de experiência com exemplos concretos. Guarda em PDF com texto selecionável e nomes de ficheiro claros.

Agrupa por categorias (Front-end, Back-end, Dados, DevOps/Qualidade) e mantém 8-14 itens relevantes. Indica ferramentas reais usadas em produção (ex.: React, Next.js, PostgreSQL, Docker, GitHub Actions) e reforça com evidência nas experiências. Se tens pouco espaço, privilegia profundidade na stack principal.

Senioridade aparece em decisões e resultados: arquitetura, escalabilidade, segurança, observabilidade, mentoria e trade‑offs com produto. Inclui métricas como redução de incidentes, melhoria de SLO, diminuição de custos cloud ou aumento de throughput. Indica também como influenciaste processos: guidelines, templates, revisão de PR, onboarding.

Em Portugal é comum e geralmente aceite, mas não é obrigatório. Se colocares, usa uma foto profissional e discreta e garante que não ocupa espaço crítico para experiência e competências. Se estás a candidatar-te a empresas internacionais, pode ser preferível omitir para alinhar com práticas de mercados como EUA/Reino Unido.

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