Marketing & Comunicação

CV Gestor de produto: guia completo com exemplos (2025)

Aprende a escrever um Curriculum Vitae de Gestor de produto alinhado com ATS, com estrutura clara, competências certas e realizações quantificadas. Inclui exemplos para perfis júnior, intermédio e sénior em Portugal.

12 min de leituraAtualizado em 12 de dezembro de 2025

Pontos-chave

Em Portugal, o papel de Gestor de produto consolidou-se com o crescimento de SaaS, e-commerce e transformação digital em banca e telecom. Em equipas de produto, é comum trabalhares com 6–12 pessoas (engenharia, design, dados e marketing) e seres avaliado por métricas como conversão, retenção e receita. Num processo de recrutamento, o teu Curriculum Vitae precisa de ser lido em 30–45 segundos e, antes disso, passar por filtros ATS.

Um bom CV de Gestor de produto deve demonstrar :

  • capacidade de priorização baseada em dados (OKRs, KPIs, trade-offs)
  • execução com equipas multidisciplinares (discovery, delivery, go-to-market)
  • impacto mensurável (ex.: +12% conversão, -18% churn, +€420k ARR)

A seguir tens um guia prático para estrutura, exemplos e palavras‑chave para 2025.

Exemplos de CV - CV Gestor de produto

Descubra nossos modelos de CV adaptados a todos os níveis de experiência. Cada exemplo é otimizado para sistemas ATS.

CV Gestor de produto Iniciante

Modelo para primeiro ou segundo emprego: foco em projetos, estágios, discovery, métricas simples e ferramentas (Jira, GA4). Ideal para recém-licenciados.

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CV Gestor de produto Confirmado

Para 3–7 anos: evidencia ownership de roadmap, impacto em receita, A/B tests e coordenação com engenharia e marketing. Inclui métricas de adoção e churn.

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CV Gestor de produto Sênior

Para liderança: destaca estratégia, gestão de portefólio, decisões por dados, stakeholders executivos e crescimento. Mostra impacto em ARR, NPS e eficiência de delivery.

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Checklist do CV perfeito - CV Gestor de produto

Marque cada item para garantir que seu CV esteja completo e otimizado.

Seu progresso0%

Perfil profissional - CV Gestor de produto

O perfil profissional é a primeira coisa que o recrutador vê. Deve resumir seu perfil em poucas linhas impactantes.

Bom exemplo

Gestor de produto com 6 anos em SaaS B2B (Lisboa), responsável por roadmap e go-to-market de 3 módulos. Entreguei +14% na ativação e -11% churn em 9 meses com GA4, Amplitude, SQL e Jira, alinhando OKRs com vendas e engenharia.

Mau exemplo

Profissional motivado e dinâmico, apaixonado por tecnologia e produtos. Disponível para aprender, trabalhar em equipa e abraçar novos desafios na área.

Por que é eficaz?

Le bon exemplo é eficaz car ele :

  • traz contexto imediato (6 anos, SaaS B2B, âmbito: 3 módulos), facilitando o “fit”
  • inclui impacto quantificado (+14% ativação, -11% churn) em janela temporal (9 meses)
  • referencia ferramentas concretas (GA4, Amplitude, SQL, Jira) que batem com ATS
  • mostra colaboração com stakeholders (vendas e engenharia), central em gestão de produto

Le mauvais exemplo échoue car ele :

  • usa clichés (“motivado”, “dinâmico”, “apaixonado”) sem evidência
  • não indica setor, tipo de produto nem senioridade
  • não apresenta métricas, logo não prova impacto
  • descreve intenção (“aprender”) em vez de resultados e competências verificáveis

Exemplos de experiência profissional

Aqui estão exemplos de experiências profissionais. Observe como os resultados são quantificados.

Gestor de Produto (B2B SaaS)

OutSystems, Lisboa

Jan 2022 – Set 2025

Responsável por um módulo de analytics para clientes enterprise, com equipa de 9 pessoas (6 engenharia, 1 design, 1 QA, 1 data). Defini OKRs trimestrais, conduzi discovery e coordenei go-to-market com marketing e vendas para EMEA.

Conquistas principais

Aumentei a ativação do módulo de 38% para 46% (+8 pp) através de onboarding guiado e 5 testes A/B.
Reduzi o churn do módulo em 11% em 2 trimestres ao atacar 3 causas raiz identificadas via cohorts no Amplitude.
Gerei +€620k de ARR em 12 meses com um pacote de pricing por tiers e 2 integrações críticas para clientes.
Melhorei o lead time de entrega em 19% ao padronizar user stories e critérios de aceitação em Jira/Confluence.

Competências-chave para o seu CV

Aqui estão as habilidades técnicas e comportamentais mais procuradas pelos recrutadores.

Competências técnicas (Hard Skills)

Habilidades técnicas

  • Product discovery (entrevistas, JTBD, mapeamento de oportunidades)
  • Gestão de roadmap e priorização (RICE, WSJF, Kano)
  • Jira Software
  • Confluence
  • Figma (wireframes e handoff)
  • Google Analytics 4 (GA4)
  • Amplitude ou Mixpanel (funis e cohorts)
  • SQL básico para análise (BigQuery/PostgreSQL)

Competências comportamentais (Soft Skills)

Habilidades comportamentais

  • Comunicação escrita clara (PRD, RFC, notas de release)
  • Negociação com stakeholders (trade-offs e scope)
  • Tomada de decisão com incerteza (hipóteses e validação)
  • Facilitação de workshops (discovery, planning, retro)
  • Escuta ativa em entrevistas com utilizadores
  • Gestão de conflitos entre produto, vendas e engenharia
  • Síntese e storytelling com dados (1 slide = 1 mensagem)
  • Gestão de tempo e foco (limites, WIP, prioridades)

Palavras-chave ATS para incluir

Os sistemas ATS filtram CVs com base em palavras-chave específicas. Inclua estes termos para maximizar suas chances.

Dica ATS

Clique em uma palavra-chave para copiá-la. Os sistemas ATS filtram CVs com base nesses termos exatos.

Mots-clés importants

Setores que contratam

Descubra os setores mais promissores para sua carreira.

1

SaaS B2B (fintech, compliance, cibersegurança)

2

E-commerce e marketplaces

3

Banca e seguros (digital channels)

4

Telecomunicações e media digitais

5

Saúde digital e dispositivos médicos

6

Indústria e IoT (produtos conectados)

Formação e diplomas

Para Gestor de produto, as empresas em Portugal valorizam base sólida em gestão, tecnologia e análise. Uma Licenciatura em Gestão, Economia, Engenharia Informática ou áreas próximas é comum, mas não é a única via: pós-graduações em Product Management e cursos curtos (analytics, UX, agile) também contam, desde que mostres aplicação prática.

Podes vir de marketing, consultoria, engenharia ou suporte ao cliente; o que pesa no CV é a evidência de decisões por dados, colaboração e impacto no produto. Se tens menos experiência, compensa com projetos (case studies), estágios e resultados mensuráveis.

Diplomas recomendados

  • Licenciatura em Gestão
  • Licenciatura em Engenharia Informática
  • Licenciatura em Economia
  • Mestrado em Gestão / Business Administration
  • Mestrado em Marketing
  • Pós-graduação em Product Management / Gestão de Produto

Idiomas

Em gestão de produto, línguas influenciam diretamente a tua eficácia: documentação, alinhamento com equipas internacionais, pesquisa de mercado e comunicação com clientes. Em Portugal, muitas equipas trabalham em inglês, sobretudo em SaaS e centros tecnológicos, e entrevistas podem ter case study em inglês.

  • Reuniões com stakeholders globais (EMEA/US) e reporting executivo
  • Pesquisa com utilizadores internacionais e síntese de insights
  • Leitura de documentação técnica e ferramentas (a maioria em inglês)

Apresenta o nível com referência CECRL (A1–C2) e, se possível, certificação e ano.

🇵🇹

Português

Nativo

🇬🇧

Inglês

C1 (CECRL) — IELTS Academic 7.5 (2023)

🌐

Espanhol

B2 (CECRL)

Certificações recomendadas

Certificações não são obrigatórias para Gestor de produto, mas ajudam a passar filtros e a sinalizar método (agile, discovery, analytics). Para perfis júnior, podem substituir parte da experiência; para perfis sénior, funcionam como reforço de credibilidade. Dá prioridade a certificações reconhecidas e atuais.

Professional Scrum Product Owner I (PSPO I) — Scrum.org
Certified Scrum Product Owner (CSPO) — Scrum Alliance
Google Analytics Certification — Google Skillshop
PMI Agile Certified Practitioner (PMI-ACP) — PMI
Pragmatic Institute — Product Management Certification
AIPMM Certified Product Manager (CPM) — Association of International Product Marketing & Management

Erros a evitar

Descrever tarefas em vez de impacto

Um erro frequente é escrever “gestão de backlog”, “reuniões com equipa” ou “definição de roadmap” sem dizer o que mudou no negócio. Em gestão de produto, o recrutador procura sinais de decisão e resultado: que problema resolveste, com que hipótese, qual o efeito nas métricas e em quanto tempo.

O problema é que tarefas são semelhantes em qualquer empresa; impacto diferencia-te e facilita comparação entre candidatos.

Toujours inclure :

  • KPI antes/depois (ex.: conversão 2,1% → 2,6%)
  • janela temporal (ex.: em 8 semanas, num trimestre)
  • alavanca aplicada (ex.: onboarding, pricing, performance, UX)

Fórmula útil: “Ação + método + métrica + período + contexto”.

CV sem palavras‑chave ATS (ou com keywords fora de contexto)

Muitos CV falham por não baterem com o texto da vaga: o ATS procura termos como “OKRs”, “A/B testing”, “roadmap”, “user stories”, “stakeholders” e ferramentas (Jira, GA4). Se não aparecem, podes ser filtrado mesmo tendo experiência.

À evitar : "Trabalhei com metodologias ágeis e ferramentas de gestão."

À privilegiar : "Defini OKRs trimestrais, priorizei backlog com RICE e entreguei 12 user stories/quarter em Jira, medindo ativação no GA4."

Usa as keywords de forma natural dentro de realizações, não em listas soltas.

Ignorar a componente de dados

Escrever um CV de Gestor de produto sem analytics passa a ideia de decisões por intuição. Não precisas ser data analyst, mas tens de mostrar literacia: funis, cohorts, segmentação, leitura de dashboards e noções de significância em A/B tests.

À mentionner :

  • métricas de produto (ativação, retenção, churn, NPS, CAC/LTV quando aplicável)
  • ferramentas (GA4, Amplitude/Mixpanel, Looker Studio/Tableau)
  • exemplos de decisões (ex.: “parei feature X por baixa adoção: 3% em 60 dias”)

Portefólio inexistente (ou genérico) para vagas competitivas

Em vagas disputadas, especialmente em SaaS e produtos digitais, um portefólio com 2–3 case studies pode ser o fator decisivo. Um PDF com prints aleatórios não ajuda; o que conta é raciocínio: problema, utilizadores, hipótese, experimento, trade-offs e resultados.

Checklist :

  • 2–3 casos com contexto (segmento, escala, restrições)
  • 1 gráfico/tabela por caso com métricas (antes/depois)
  • link público (Notion/Google Docs) e versão resumida no CV (2 linhas)

Dicas de especialistas

  • 1

    Escreve bullets com números : Cada bullet deve conter 1 métrica (%, €, pp, tempo). Ex.: “+€120k ARR”, “-0,4s TTFB”, “+6 pp ativação”, para tornar o impacto imediatamente legível.

  • 2

    Alinha o CV com o tipo de produto : Indica B2B/B2C, ticket médio, ciclo de venda e canais. Um recrutador lê diferente um produto self-serve versus enterprise; dá contexto em 10 palavras.

  • 3

    Mostra o teu método de priorização : Menciona RICE/WSJF/Kano e um exemplo real (“priorizei 18 iniciativas, entreguei 6 com maior score; +9% conversão”). Evita listar frameworks sem uso.

  • 4

    Inclui stack e colaboração : Refere ferramentas (Jira, Confluence, Figma, GA4) e interfaces (design, engenharia, vendas). Isso reduz risco para quem contrata e melhora matching no ATS.

  • 5

    Cria uma secção “Projetos/Case studies” : Mesmo com emprego, adiciona 2 links: um discovery (pesquisa+hipótese) e um delivery (release+resultado). Limita cada caso a 120–150 palavras.

  • 6

    Adapta o resumo à vaga : Troca métricas e palavras‑chave conforme o anúncio (ex.: churn para SaaS, conversão para e-commerce). Mantém o resumo em 2 linhas e com 1 resultado principal.

  • 7

    Revisa para legibilidade ATS : Evita colunas complexas e gráficos. Usa títulos standard (“Experiência”, “Formação”, “Competências”). Exporta em PDF e confirma que o texto é selecionável.

Perguntas frequentes

Encontre respostas para as perguntas mais frequentes.

Em Portugal, 1 página funciona bem para perfil iniciante (até ~2 anos) se tiveres projetos e métricas. Entre 3–7 anos, 2 páginas são aceitáveis para detalhar impacto, stack e produtos. Acima disso, mantém 2 páginas e corta tudo o que não prova resultados (tarefas, descrições longas e skills repetidas).

Em Portugal, fotografia é comum, mas não é obrigatória. Se colocares, usa foto profissional, fundo neutro e boa iluminação. Se estás a candidatar-te a empresas internacionais ou processos com foco em ATS, podes omitir para reduzir viés e manter o layout mais simples. O mais importante continua a ser impacto e palavras‑chave.

Usa métricas não sensíveis e intervalos: percentagens, pontos percentuais (pp), tempos e volumes aproximados. Ex.: “+10% ativação”, “-15% tickets”, “redução de 3 para 2 semanas no ciclo”. Também podes citar proxies: adoção de feature, taxa de conclusão do onboarding, tempo de resposta, ou NPS por tendência (ex.: +6 pontos).

As mais procuradas combinam estratégia e execução: discovery (entrevistas e JTBD), definição de roadmap e priorização (RICE/WSJF), análise de dados (funis, cohorts, A/B testing), e gestão de stakeholders. Ferramentas como Jira, Confluence, Figma e GA4 aparecem frequentemente. Complementa com comunicação escrita (PRD) e alinhamento com engenharia.

Para Product Owner, enfatiza delivery: backlog detalhado, user stories, critérios de aceitação, velocity, qualidade e cadência de releases. Para Gestor de produto, reforça discovery e estratégia: visão, segmentação, OKRs, pricing, go-to-market e métricas de crescimento. Em ambos, mantém resultados quantificados, mas muda os KPIs (lead time vs receita/retensão).

Escolhe 2–3 casos e estrutura cada um em 5 linhas: contexto (produto e utilizadores), problema, hipótese, ação (experimento ou release) e resultado com métrica. Acrescenta as ferramentas usadas (ex.: GA4, Amplitude, SQL, Figma) e o teu papel (owner, co-owner). Um link Notion/Google Docs com detalhes ajuda muito em entrevistas.

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